quinta-feira, 24 de junho de 2010

Ciência na Copa

Quem disse que Copa do mundo é só paixão e entretenimento? Os cientistas e pesquisadores estão aí pra provar que o assunto é sério!
A Nasa e o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) analisaram a Jabulani, a bola da Copa, para comprovar se as reclamações de alguns jogadores tinham fundamento.
Segundo o site da Agência Fapesp, no Centro de Pesquisa Ames da Nasa, na Califórnia, foram feitos testes para comparar a bola com a usada na Copa de 2006 na Alemanha, a Teamgeist (“espírito de equipe”). A Teamgeist, no lugar dos hexágonos costurados das bolas tradicionais, tinha oito painéis fundidos por um processo térmico, que elimina a necessidade de costura, mesmo interna, entre eles. A Jabulani tem 14 painéis e ganhou sulcos aerodinâmicos.
A conclusão da Nasa é que com a Jabulani os jogadores não deverão ter melhor controle do que com a Teamgeist. “É bem óbvio. O que estamos vendo é um efeito knuckle-ball”, disse Rabi Mehta, engenheiro aeroespacial no centro Ames. Knuckle-ball é um arremesso no beisebol no qual a bola não é segura com os dedos, mas sim com seus nós, resultando em movimento com acentuada curva e imprevisível para o rebatedor.
Segundo Mehta, quando a Jabulani se desloca em velocidade elevada, o ar próximo à superfície é afetado pela sua superfície, resultando em um fluxo assimétrico. Essa assimetria cria forças laterais que podem resultar em mudanças súbitas no percurso. De acordo com o cientista, a Jabulani tende a assumir o efeito knuckle ao superar os 75 km/h, o que corresponde a um chute forte.
Os pesquisadores Gilder Nader e Antonio Luiz Pacífico, do Laboratório de Vazão do IPT, realizaram testes no túnel de vento atmosférico do instituto com bolas de torneios oficiais de futebol.
Foram testadas as bolas do campeonato Paulista e Brasileiro deste ano e das copas de 2006 e 2010. Os testes foram encomendados pela Rede Globo. Segundo Nader, foram feitas medições com visualização do escoamento de ar em volta de cada bola. Para isto foi utilizado o sistema PIV (“Particle Image Velocimetry”) com emprego de raios laser.
“Verificamos que a bola do Campeonato Brasileiro, por exemplo, com superfície mais rugosa, do tipo clássico, tem coeficiente de arrasto (resistência ao ar) mais baixo e bom deslocamento. As bolas das Copas apresentaram um ‘descolamento’ mais rápido e maior coeficiente de arrasto”, disse.
Ao ser chutada, a bola ganha uma velocidade inicial que vai diminuindo até que, em um determinado momento, atinge o chamado “ponto de crise de arrasto”, explicou Gilder.
“É quando ela faz uma curva. Com a bola do ‘Brasileirão’, esse ponto demorou mais para ser alcançado, em uma velocidade de aproximadamente 13 metros por segundo. A Jabulani atinge esse ponto e faz a curva bem antes, em uma velocidade que ainda vamos medir com exatidão”, disse.
Para mais informações clique aqui

E as pesquisas da Copa não param por aí, pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) publicaram na internet um modelo estatístico dinâmico com estimativas das chances dos selecionados de atingir cada etapa da Copa do Mundo da África do Sul.
O modelo matemático foi elaborado no Centro de Estudos do Risco do Departamento de Estatística e utiliza como parâmetros a opinião de especialistas sobre os placares da primeira fase, o ranking da Federação Internacional de Futebol (FIFA) divulgado em maio e os resultados ao longo do torneio.
A Previsão Estatística Copa 2010 da UFSCar pode ser acessada neste endereço.

3 comentários:

  1. Flavinha, como sempre trazendo o lado intelectual das coisas ... Ótemo!

    Beijos!

    Sah

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  2. de uma jabulani para aqueles meninos que jogam num campinho inclinado, esburacado e de terra, e veja o que eles vão fazer.....por isso que o robson dos santos (apropriadamente do Santos), mais conhecido como robinho, acariciiou a jabulani com um sutil toque e ela, bem tratada como uma amante e nào como a culpada de todos os erros, simplesmente correspondeu: GOL, O GERNDE MOMENTO DO FUTEBOL!!

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  3. Olha só essa moça, está virando especialista para assuntos futebolísticos... hahahaha

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