segunda-feira, 27 de abril de 2009

Quando será esse amanhã?

Ontem fez 25 anos que a emenda do deputado federal Dante de Oliveira, que resistituia as eleições diretas no Brasil, foi derrotada no Congresso Nacional. A votação deu início ao movimento das Diretas Já que mobilizou políticos, artitas, intelectuais e a população em geral em prol da democracia.
Eu me recordo bem dessa movimentação toda, apesar de ter somente 10 anos na época, dos comícios na TV e das conversas entre os adultos de minha família. Meu tio era filiado ao MDB e depois foi vereador pelo partido na cidade.
Lembrando das imagens e vendo as fotos antigas das passeatas e comícios vejo nossos governantes de hoje. O presidente Lula encabeçava a lista seguido de outros sindicalistas e dos tucanos - FHC, Serra e cia - que depois vieram a ser inimigos políticos. Para quem não se lembra o PSDB é filho do PMDB.
Conseguimos as eleições diretas e me pergunto do que adiantou? Calma, sou ferrenha defensora da democracia mas depois de mais de 20 anos nem começamos a aprender a votar.
Nossos deputados, senadores e vereadores continuam legislando em causa própria - vide passagens aéreas e outros mimos - e nós continuamos a votar errado.
Fico possessa quando escuto pessoas esclarecidas dizendo que vão votar nulo, que político é tudo igual. Só depende da gente, já que somos obrigados a escolher nossos representantes não custa fazer direito, senão depois nem temos o direito de reclamar.
Eu tirei meu título de eleitor aos 16 anos e fiquei triste de não poder votar na primeira eleição direta para presidente, pois tinha 15 anos na época. E nessa primeira oportunidade quem elegemos? O Collor!
O Maluf, que concorreu com o Tancredo no último pleito indireto para presidente e era contrário às diretas, está no Congresso com muitos outros parceiros da época.
Vamos relembrar a história e ao menos honrar os que lutaram pela democracia exercendo esse direito com responsabilidade e vontade.
Só assim acredito que amanhã poderá ser um novo dia.

Um comentário:

  1. Eu acho essa questão meio complicada Flávia. Não me considero entendedora de Política, mas tenho um lado definido. Eu acho que as pessoas estão pensando em anular o voto pois estão descrentes. Eu particularmente não gosto do Lula, não acho que a política que ele faz é séria pois ao invés de dar oportunidades reais às pessoas, usa subterfugios para ganhar votos. Na minha opinião, ele apenas está colhendo os frutos do trabalho do governo anterior. Que Deus me perdoe, mas a cena que vimos sábado nos telejornais foi apelação eleitoreira da grossa. Apesar disso, respeito a opinião de quem o defende, pois acredito que não devemos ir contra ao que os outros acreditam. Cada um tem o direito de ter suas opiniões e exercê-las. Isso para mim é democracia!

    Beijos!

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