Essa noite me virei o tempo todo na cama e só consegui dormir depois de colocar tampões nos ouvidos, tudo por causa de uma cantoria de viola. Não! Eu não ganhei serenata de um violeiro apaixonado.
Há uns quatro anos eu me mudei para um prédio na Avenida Armando de Salles, a mais central e movimentada de Piracicaba, demorei para me acostumar com o barulho dos carros e ônibus e dos alto-falantes de final de semana. Eis que para piorar a poluição sonora surge um morador de rua, desses que cata papelão com carrinho e se instala no canteiro central da tal avenida. Até aí nada demais, só que o moço tem um hobby, ele toca um violão desafinado e sem algumas cordas e ainda canta bem alto, muito mal por sinal.
Há uns quatro anos eu me mudei para um prédio na Avenida Armando de Salles, a mais central e movimentada de Piracicaba, demorei para me acostumar com o barulho dos carros e ônibus e dos alto-falantes de final de semana. Eis que para piorar a poluição sonora surge um morador de rua, desses que cata papelão com carrinho e se instala no canteiro central da tal avenida. Até aí nada demais, só que o moço tem um hobby, ele toca um violão desafinado e sem algumas cordas e ainda canta bem alto, muito mal por sinal.
O problema é que o rapaz é chegado na cachaça e daí dorme no começo da noite e passa as madrugadas na cantoria. Já tentei conversar com ele e uma vez até chamei a Guarda Civil para espantar o cantor de avenida. Mas que nada, ele insiste em sua serenata para os infelizes que moram em três prédios que circundam sua "casa".
Tenho pena da realidade dele e acredito que essa ilusão de cantar espanta as tristezas e a solidão de morar na rua, mas não precisava tirar meu sono!
Acho que a solução é torcer para que ele fiquei afônico com o tempo frio ou tenha de vender o violão para o ferro-velho, afinal tenho direito de dormir sem tampões no ouvido!
Ou então ele que vá cantar em outras freguesias! Hum que sono...